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Pablo Marçal é condenado por abuso de poder

Justiça eleitoral condena Pablo Marçal.

O juiz eleitoral de São Paulo, Antonio Maria Patiño Zorz, condenou nesta sexta-feira (21) o candidato derrotado do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, por abuso de poder político e econômico. Com essa decisão, Marçal foi declarado inelegível por oito anos, até 2032. O caso ganhou destaque, uma vez que envolve práticas de venda de apoio político durante a campanha eleitoral do ano passado.

Caso de abuso de poder político e econômico

Pablo Marçal foi condenado por prometer gravações de vídeos de apoio a candidatos a vereador em troca de transferências via PIX no valor de R$ 5 mil para sua campanha eleitoral. Esta prática foi interpretada pelo Tribunal como uma tentativa de troca de favores políticos por doações de campanha, configurando-se como abuso de poder.

Recurso no Tribunal Regional Eleitoral

O coordenador jurídico da campanha de Marçal, Paulo Hamilton Siqueira Junior, anunciou que pretende recorrer da decisão. Segundo Siqueira Jr., “O conteúdo probatório produzido nas ações não são suficientes para a procedência da AIJE. Não há nenhuma doação ilícita. Em breve será apresentado recurso ao TRE-SP com os argumentos necessários para a reforma da decisão”. Esta primeira condenação pode impactar significamente as suas futuras pretensões políticas, incluindo uma possível candidatura à Presidência da República em 2026.

Ação foi movida por outros candidatos

A decisão de condenar Marçal foi resultado de ações judiciais movidas pelo PSB, liderado pela deputada federal Tabata Amaral, e por Guilherme Boulos, ambos oponentes na corrida municipal de São Paulo. O juiz Zorz destacou a responsabilidade pessoal de Marçal na proposta de venda de apoio político, considerada “altamente reprovável” e violadora do princípio da isonomia, pois criava um desequilíbrio na arrecadação de fundos eleitorais através da simulação de doação.

Implicações da condenação

A conduta de Pablo Marçal foi descrita como uma fraude que caracteriza abuso de poder econômico devido à gravidade do ato e seu potencial impacto negativo nas eleições. O juiz destacou que a prática ia de encontro às normas que garantem o equilíbrio nos pleitos, destacando ainda o caráter simulado das doações como uma tentativa de mascarar a origem dos recursos.

A condenação de Marçal insere um ponto de interrogação em sua carreira política, especialmente em suas aspirações de maior destaque em futuras disputas eleitorais. A decisão pode influenciar o cenário político, remetendo a uma rigorosa exigência por ética e transparência nas campanhas eleitorais do Brasil.

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